A data tem como principal objetivo celebrar e apoiar a entrada de mulheres no universo corporativo.
O evento, lançado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2014 em Nova York, tem como propósito debater questões a respeito do empreendedorismo feminino, e fazer com que o governo perceba a importância econômica das mulheres.
A embaixadora do Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino no Brasil é a empresária gaúcha Débora Xavier, referência em empoderamento econômico e profissional feminino e idealizadora do ‘Jogo de Damas’, uma iniciativa que visa promover o empreendedorismo econômico e profissional das mulheres.
O objetivo de Débora é que sejam criadas políticas corporativas e públicas que levem em consideração as necessidades dessas mulheres, para que sejam consideradas relevantes para a sociedade.
Segundo a ONU, a ação surgiu para amplificar as oportunidades às mulheres, que já tem acesso à cerca de 70% dos postos ocupados por homens na economia, política, saúde e educação.
A mulher empreendedora tem um grande impacto no desenvolvimento da economia, já que contrata e investe na economia local.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres são a maioria da população do Brasil, e correspondem a quase 53% dos empreendedores do país.
Em 2016, a taxa de empreendedorismo entre os que têm um negócio com até três anos e meio de existência ficou em 15,4% entre as mulheres e em 12,6% entre os homens.
As informações estão na pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2016, coordenada no Brasil pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).
Segundo a pesquisa, 48% das mulheres, frequentemente, empreendem mais por necessidade do que os homens. Entre eles, o percentual cai para 37%.
A concentração das mulheres está em negócios ligados ao universo feminino. Elas estão presentes em setores de serviços domésticos (13,5%), beleza (12,6%), vestuário e acessórios (12,3%) e no setor alimentício (10,3%).
Uma pesquisa realizada em 2016 pela empresa de big data MeSeems, encomendada pelo Paypal, revelou que grande parte das mulheres optou pelo negócio próprio para complementar a renda (21,4%).
Outros motivos são: pela oportunidade de ganhar mais dinheiro (14,4%), independência financeira (11,3%), estavam fora do mercado de trabalho (8,9%), acreditaram que seriam bem-sucedidas (7,4%), queriam mais controle para sua vida (5,8%), e as restantes (5,8%) seguiram sua paixão.
No mercado de trabalho, as mulheres ainda enfrentam a desigualdade de salário em relação aos homens. Elas recebem aproximadamente 73% do salário deles, mesmo elas tendo mais tempo de estudo.
Serão necessários 87 anos para igualar os salários de homens e mulheres no Brasil, conforme pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica aplicada).
O empreendedorismo é uma maneira de diminuir a desigualdade entre os gêneros. Ao gerir uma empresa, as dificuldades são as mesmas para homens e mulheres.
Quando há dedicação e busca de conhecimento de mercado, o gênero é indiferente, segundo Vivian Ferran, gerente de atendimento do Sebrae-RS (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa do Rio Grande do Sul).