O que não te contaram sobre a adesão do acordo do INSS
Acordo do INSS – O que você precisa saber antes de aceitar qualquer acordo referente à devolução dos descontos indevidos que atingiram aposentadorias e pensões por anos — um dos maiores golpes da história brasileira — é que essa adesão traz consequências importantes e relevantes para os beneficiários e seus familiares.
Muitos acreditam que basta receber o valor de volta, mas o acordo do INSS envolve pontos que precisam ser entendidos com atenção antes de qualquer adesão, e que estão sendo pouco, ou quase nada, divulgados ao público.
A importância da aposentadoria é imensa na vida dos brasileiros, especialmente entre aqueles que já dedicaram décadas ao trabalho para o desenvolvimento do país e hoje dependem dessa renda para manter estabilidade e dignidade.
A importância da aposentadoria não está apenas na segurança financeira individual, mas também no sustento de famílias inteiras que contam mensalmente com esse valor.
Para muitos lares, o benefício previdenciário é a principal ou única fonte de renda. Ele garante alimentação, remédios, moradia e cuidados essenciais. Por isso, quando essa renda sofre qualquer redução, o impacto é imediato e muitas vezes devastador para o aposentado e seus familiares.
Nos últimos meses, o país presenciou um dos maiores escândalos já registrados no sistema previdenciário: o golpe dos descontos indevidos realizados por diversas entidades nos benefícios do INSS ocorrido entre março de 2020 a março de 2025.
Milhões de aposentados tiveram valores retirados sem autorização valores indispensáveis para a sua sobrevivência, muitas vezes sem sequer saber de onde vinham aquelas cobranças.
Esses descontos comprometeram o orçamento de pessoas extremamente vulneráveis. Um valor aparentemente pequeno, mas para os aposentados, o remédio do mês, a compra da feira ou o pagamento de uma conta essencial, dentre outros. O golpe não afetou apenas o bolso, mas também a tranquilidade emocional.
Não bastasse as perdas financeiras, há profundo sentimento de impotência e invasão por parte dos aposentados, pensionistas e familiares de beneficiários falecidos.
É como se alguém tivesse entrado na parte mais sensível da vida deles, aquilo que conquistaram com décadas de trabalho, e retirado algo sem pedir permissão por anos.
Essa sensação não é apenas material, mas emocional. Para quem depende integralmente do benefício, perceber que terceiros acessaram por anos e anos sua renda sem autorização provoca medo, fragilidade e a impressão de que seus direitos foram desrespeitados de maneira mais íntima.
É como se tivessem violado não só o bolso, mas sua confiança e sua dignidade.
E a devolução dos valores por parte do acordo, embora trouxe esperança a muitas famílias, é fundamental compreender todos os seus efeitos antes de aderir.
O ponto mais crítico é que, ao aceitar o acordo, o aposentado, pensionista ou familiar precisa abrir mão de pedir outros direitos que a lei garante, como a devolução em dobro e a indenização por danos morais.
E, se já existir uma ação na justiça sobre esses descontos indevidos, a adesão ao acordo do INSS significa desistir automaticamente desse processo.
Essa renúncia e essa desistência quase não são divulgadas, embora retirem direitos importantes do beneficiário.
O ponto mais crítico está no fato de que, ao aceitar o acordo do INSS, o aposentado, pensionista ou familiares precisam renunciar o direito de postular outros direitos, por exemplo: danos morais; devolução em dobro, previstos na legislação vigente e desistência da ação.
Essa renúncia e desistência não tem sido amplamente divulgada, embora limite direitos importantes.
Essa desistência representa grande prejuízo ao beneficiário e familiares. O direito à devolução em dobro existe justamente para compensar práticas abusivas, enquanto os danos morais buscam reparar o sofrimento e a insegurança causados aos beneficiários.
Muitos aposentados passaram meses ou anos tentando entender por que seu benefício vinha diminuindo. Todo o sofrimento, aliado a angústia e desespero, também, são danos, e a legislação reconhece isso. Por isso, a renúncia exigida no acordo precisa ser analisada com cautela.
Receber de volta os valores descontados pode até parecer suficiente no primeiro momento, mas é fundamental saber que, ao aceitar o acordo do INSS, o aposentado perde o direito de pedir — ou de continuar pedindo — uma reparação maior.
Portanto, cada beneficiário e familiares têm o direito de buscar orientação profissional antes de decidir.
Em muitos casos, o caminho judicial pode garantir uma restituição mais justa e completa, inclusive considerando os danos morais e a devolução em dobro.
Cada situação é única e merece análise individualizada, sempre com transparência e clareza.
É essencial, também, lembrar que esse grande escândalo reforça a necessidade de maior proteção aos aposentados. São pessoas que contribuíram com seu trabalho para o crescimento do país e que agora precisam ser amparadas, e não lesadas.
A sociedade, os órgãos públicos e o sistema de justiça devem permanecer atentos para evitar que situações como essa se repitam. Cuidar dos aposentados é cuidar da memória e da história de todos nós.
A aposentadoria deve ser sinônimo de paz e segurança, e não de medo ou incerteza.
Proteger quem sempre sustentou esse país é um dever coletivo.
Quando tiram do aposentado, tiram da família inteira — e quando a justiça falha, é a nossa voz que deve defendê-los.
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