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Momo Challenge: Riscos que dominam

Olhos esbugalhados, pele pálida, sorriso sinistro e cabelos longos.

O desafio da boneca Momo tem dominado crianças e adolescentes por todo o mundo e causado pânico em país e responsáveis.

Este é o perfil da boneca que voltou a aterrorizar pais e autoridades de diversos países.

Estima -se que centenas de casos de mortes de crianças e adolescentes foram relacionados aos desafios impostos pela boneca Momo.

A personagem assustadora foi criada pelo artista plástico japonês Keisuke Aiso, de 43 anos que afirma não ter criado a personagem para aterrorizar e muito menos para causar mortes.

Originalmente Momo foi criada em 2016, apresentada em uma galeria de arte em Tóquio numa exposição sobre fantasmas.

Os yo-kai que são espectros do folclore japonês eram o tema da exposição e a obra é assinada por Link Factory, empresa de efeitos especiais para filmes de terror.

Vídeos de conteúdo infantil como os que ensinam a fabricação de slime e na canção baby Shark em versões editadas, sofreram interrupções aonde a personagem Momo dublada em inglês e espanhol estimula o autoflagelo em crianças.

Em contrapartida, estão sendo divulgados vídeos em que influenciadores digitais transmite a ideia de se tratar apenas de uma fake news.

Esse posicionamento é no mínimo inescrupuloso, que busca apenas tranquilizar pais e responsáveis da inexistência de vídeos que circulam livremente pela internet.

Logo, não há que se falar em fake news.

Os riscos são reais e longe de ser apenas uma lenda urbana, o personagem tem provocado uma série de transtornos psicológicos junto ao público infanto-juvenil.

Incitação de autoflagelos, à violência e ao assassinato dos próprios pais, além do incentivo ao suicídio são ações nítidas da chamada psicopatia ou transtorno de personalidade antissocial.

Para a psicologia forense ou psicologia jurídica, na psicopatia os indivíduos não são compreendidos como psicóticos nem como doentes mentais, pois não apresentam sintomas compatíveis como por exemplo alucinações delírios ou psicose.

São caracterizadas pela completa ausência com as obrigações sociais e despreocupação com sentimentos alheios, ou em outras palavras, a falta de empatia.

Momo faz ressurgir uma preocupação que há muito tempo têm se ignorado, a segurança digital de informações e a terceirização da Educação.

Falta de tempo, cansaço, esgotamento mental.

Os pretextos são intermináveis, mas, delegar tarefas de cuidar das crianças não significa transferir a responsabilidade de Educar.

Educar exige muito mais que entregar filhos à própria sorte e esperar que vídeos, desenhos ou influenciadores digitais cumpram com a obrigação que é exclusivamente dos pais.

A dica é: se não está tendo trabalho, não está educando.

Outro ponto relevante a se atentar é a invasão de dispositivos informáticos previsto na Lei 12.737/12, crime este que é a porta de acesso para crimes bem maiores que com o auxílio da engenharia social faz com que suas vítimas realizem tarefas ou executem programas.

Na conquista dos objetivos, abusam da ingenuidade de suas vítimas.

Eis o principal motivo das vítimas serem apenas crianças.

Pessoa com tomadas por este perfil criminoso, geralmente buscam a persuasão através do medo, ambição e curiosidade, até que se forme a teia “impossível” de escapar.

Momo abre dados pessoais de suas vítimas, o que comprova por si só a invasão do dispositivo informático.

A vítima ou o proprietário do dispositivo nem imagina ter sofrido a invasão e muito menos que seu computador pode estar sendo utilizado por terceiros.

A palavra de ordem nesse caso é liberdade. Só a liberdade entre pais e filhos para que se sintam à vontade em expor suas dúvidas, curiosidades, seus medos e claro, acionar o alerta máximo para jogos, brincadeiras, pessoas que procuram persuadir a omissão de atos das crianças.

Alertar sobre riscos e oportunidades da tecnologia é a ferramenta mais eficaz para a proteção de nossas crianças.

Mas somente o alerta pode não ser suficiente e é preciso mais, é necessário ser manter informado sobre os sites que os filhos gostam de acessar.

Junto com a entrega de smartphones e tablets há uma criança, vêm a responsabilidade e o dever do acompanhamento.

Matéria com destaque, com mais de 100 mil acessos.
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Karol Cestari

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