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Envelhescência – Encontre plenitude: reinvente-se pós os 50

Envelhescência – Encontre plenitude: reinvente-se pós os 50

Um e-book com diversas trilhas para o encontro de sua plenitude está em criação

Envelhescência, encontrar a plenitude é uma escolha pessoal. Agir e pensar após os 50 anos é aprender conceitos, práticas, princípios para se reinventar hoje.

Na Universidade Federal do Paraná, quando adulta jovem, me formei como especialista em metodologia do ensino e como mestra em educação. Ao entrar na maturidade fui consultora para reformulação de currículos de graduação e criei um curso de especialização.

Fui professora em graduação e mestrado, extensionista e pesquisadora na área da educação até me aposentar, próxima dos 50 anos, e, hoje com 74, considero-me uma autêntica envelhescente. O que é ser envelhescente? É viver o hoje, e o que mais?!

O termo envelhescente é um privilégio, um salvo-conduto, que nos permite a passagem em segurança por determinado território. O território de quem ainda não chegou a ser velho, mas que, socialmente, é rotulado de idoso, terceira idade, melhor idade, coroa, sexagenário, e, outros tantos termos.

A envelhescência é uma etapa da vida que somente tem sua finalização quando desejarmos pensar e sentir as coisas com a ótica da velhice. O outro modo de conclusão da fase é, contra nossa vontade, sairmos do plano desta existência.

Temos, pois, um período de transição consentida e estimada por nós, sem prazo de validade determinado. Creio que Fernando Pessoa (1888-1935) no livro do Desassossego (obra post mortem) exemplifica o testemunho de um envelhescente: “Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já não o tenho.”

No Brasil, surge esta palavra pela literatura, graças ao escritor, romancista, cronista e jornalista Mario Prata, que publica em abril de 1993, no Estadão, com seu estilo todo pessoal, a crônica “Você é um envelhescente?” proclamando mais uma “parte que divide” a existência humana:

“Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 55 e os 70), existe a envelhescência. A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim como a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência?”

Mais tarde, o escritor expande o conceito e o período sem definir o final da fase, pois ele mesmo percebe-se, após os 70 anos, ainda um envelhescente. O tema e o termo inspiram Gabriel Martinez a produzir seu primeiro documentário de longa metragem: Envelhescência. (2015)

Com o argumento inicial pensado por Ruggero Fiandanese e tendo o roteiro final desenvolvido por Martinez, o documentário traz os relatos de seis envelhescentes que reinventam sua vida, entremeados com considerações em gerontologia, antropologia e filosofia na fala de três estudiosos do tema.

Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, em seu site oficial: Menos de 24 horas após o lançamento do trailer nas redes sociais, Envelhescência já contabilizava quase 35 mil visualizações, mais de 1.200 curtidas e mais de 1.600 compartilhamentos.

No contraponto à mensagem revelada pelo documentário que podemos expressar como “encontre plenitude reinventando-se”, menciono o que, na maioria das vezes, aparece como os comportamentos de uma pessoa que se considera na velhice:

  • Julga-se sem utilidade;
  • Sente-se descartável e que nem mais para “semiusado” serve;
  • Revela baixa autoestima, autoimagem e autorreferência;
  • Percebe-se dispensável para ajudar os outros e a si própria;
  • Pergunta-se constantemente: “quem eu sou, agora”?
  • Renuncia ao encontro com sua plenitude, hoje;
  • Não crê que pode se reinventar a cada dia;
  • Não sente mais ser produtiva (o).

E o pior, é que mesmo sendo saudável mentalmente – como um leitor ou uma leitora – você pode ter perdido o entusiasmo e desistido de aprender o novo, porque julga-se não ser produtiva (o) como foi no passado.

Não ser produtivo é um carimbo que a sociedade nos impinge, após sairmos do mercado de trabalho ou nos aposentarmos. Produzir é criar. Mesmo em fase de pós-carreira podemos encontrar a plenitude através das escolhas de criação em nossa vida, como autores e personagens principais.

Só paramos de produzir quando desistimos de aprender o que está ao nosso redor e quando nos desinteressamos pelo autoconhecimento. Nossa caminhada ao encontro da plenitude vem da aprendizagem de como ser completo a cada dia, a partir do uso da energia que temos dentro de nós.

envelhescência

Criação coletiva de oferta em rede

Aprender como fazer esta trajetória após os 50 anos ou próximas dessa idade, é o que um grupo de mulheres, algumas colunistas da Revista, especializadas nas mais diversas áreas, decidiram se unir e criar, coletivamente, um e-book.

Acredito que a pessoa, em qualquer fase da vida, pode aprender se assim o desejar. Na minha trajetória como professora, consultora e praticante em arte terapêutica, me dedico a criar estratégias e materiais, com base em competências, para que mais pessoas possam aprender conceitos, práticas e princípios.

Em 2016, já envelhescente, imagino e sistematizo um método por meio de autoconhecimento que denomino CHAVES, criando um acrônimo: Conhecimentos, Habilidades, Atitudes, Valores, Espiritualidade, Singularidade.

Faço a conexão entre o que pesquisei e ensinei sobre competências em minha trajetória universitária com o que aprendo sobre consciência e compaixão através do autoconhecimento, graças a minha formação mais recente em Jin Shin Jyutsu®, arte ancestral sobre a qual já publiquei artigos.

Para repensar o método, um grupo de consultoras de várias áreas de conhecimento foi criado. Em 2016, surge uma página no Facebook onde publico as primeiras ideias sobre essa iniciativa.

Estabelecemos algumas trilhas de aprendizagem para a criação de estratégias e materiais para o público, a partir das diferentes áreas de especialização presentes no grupo. E agora, em 2024, o grupo com uma nova configuração, assume a decisão de criar um e-book para envelhescentes.

Idealizamos que seja o primeiro livro de uma coleção: A plenitude na Envelhescência deve ser o título. Queremos oferecer a você, que sente ser envelhescente, momentos significativos de leitura.

Para encontrar a sua plenitude de forma singular serão entregues várias trilhas através de textos diversos para sua leitura. Os conceitos, práticas e princípios integram corpo, mente e espírito. O preço do e-book será bem acessível para que muitas pessoas possam adquirir e usufruir.

Se você ainda não tem 50 anos, mulher ou homem, através do livro pode também compreender como contribuir com o bem-viver do seu envelhescente dentro da família, em alguma instituição de apoio, ou, ainda junto a quem convive em outros espaços sociais.

Por meio da leitura, o envelhescente entra em contato com novos conhecimentos através de seu autoconhecimento, ampliando habilidades, retomando atitudes ao assumir valores e despertar para novas formas de viver a espiritualidade e acolher sua singularidade.

Encontrar as suas próprias CHAVES para a plenitude, reinventando-se dia a dia, é o propósito da entrega deste livro digital ao público feminino envelhescente.

Para saborear o máximo do que a leitura dos textos pode oferecer, convidamos o leitor e a leitora para:

  • Aplicar conceitos, experimentar práticas e assumir princípios.

Ao acolher a proposta e desejar ir ao encontro da plenitude, reinventando-se, e querendo ser uma das primeiras pessoas a interagir com a equipe de criação, você está convidada (o) a entrar no grupo do WhatsApp para conversar, trocar ideias e receber as notícias mais quentes e recentes da evolução do e-book.

Siga adiante conosco!

https://chat.whatsapp.com/ElJLySAWULE7RaYB4joiT0

Referências:

Sobre envelhescência, citados no artigo

Crônica e documentário:

 Entrevista citada no artigo:

 Sobre o método proposto:

 Artigos publicados na Revista que se relacionam ao tema:

 

 

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2 comentários

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2 Comentários

  • Heloisa Kishi
    13 de fevereiro de 2024, 17:52

    Interessante, constituição referenciada a envelhescência com rigor e bom humor. Gostei muito, recomendo.

    RESPONDER
  • Maria Denise Mesadri Giorgi
    13 de fevereiro de 2024, 17:27

    Lindo texto Corina. Retrata como o envelhescente é visto muitas vezes pela sociedade. Acreditando nesse padrão, ele/ela acaba por acreditar que é realidade. Entretanto, também temos muitos exemplos de ressignificação nessa fase. Você, com certeza, é uma linda modelo dessa fase da vida. Parabéns ⚘️

    RESPONDER

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